Morto por causa de um jogo? O Caso Gabriel Kuhn

Aline Oliveira
3 min readDec 14, 2020

O caso de hoje conta a história de Gabriel Kuhn, de 12 anos, e Daniel Petry, de 16 anos, os dois moravam em Blumenau/Santa Catarina, eram amigos e jogavam Tibia online.

Gabriel Kuhn

Tudo aconteceu no dia 23 de julho de 2007 e existem duas versões para essa história. A primeira é a versão de Daniel.

Gabriel estava jogando Tibia na casa do amigo e pediu 20.000 emprestado no jogo, ele ficou de devolver mais tarde porém não conseguiu. Os meninos começaram a discutir e foi aí que Daniel estrangulou Gabriel. Ele desmaiou, porém ainda estava vivo, mas Daniel não sabia.

Daniel ligou para mãe perguntando que horas ela voltaria para casa e depois tentou esconder o corpo no sótão, então amarrou o corpo de Gabriel em alguns fios e com a ajuda de uma escada tentou colocar o corpo de Gabriel lá, mas não conseguiu por conta do peso.

Foi aí que Daniel teve a ideia de cortar as pernas de Gabriel para esconder o corpo com mais facilidade. Ele cortou com uma faca e quando chegou aos ossos usou uma serra. Foi aí que o irmão de Gabriel chegou na casa procurando pelo irmão. Ele então correu para chamar a polícia.

A segunda versão dessa história é dada pela delegada responsável pelo caso, Rosi Serafim.

Ela conta que Gabriel havia ligado para Daniel e pedido para ir a casa dele, chegando lá os dois estavam jogando quando Daniel abusou sexualmente de Gabriel e para que ele não contasse a ninguém, estrangulou o amigo. A delegada suspeita que a briga por causa do dinheiro emprestado no Tibia foi usada como desculpa para esconder o abuso.

Depois, sem saber que Gabriel não estava morto, tentou esconder o corpo no sótão e por ser muito pesado cortou suas pernas. Foi aí que o irmão de Gabriel chegou na casa de Daniel e encontrou o irmão desmembrado.

Daniel confessou a primeira versão e negou fortemente que teria abusado sexualmente do amigo, mas a autópsia confirmou o abuso e que a morte do menino teria sido pela grande perda de sangue ao ser desmembrado.

O pai de Gabriel, Adelar Kuhn, disse em entrevista na época que não conseguia acreditar que Daniel fosse capaz disso. “Eles sempre brincavam juntos. Ele [o suspeito] estava sempre aqui em casa, brincando no computador com os meus filhos. A gente fica até na dúvida se é ele mesmo”

Daniel ficou detido por 45 dias antes de ser julgado e condenado a pena máxima segundo o Estatuto da Criança e do Adolescente. A pena foi de 3 anos de reclusão, após ser solto não foi mais noticiado nada sobre ele, não se sabe onde mora e se cometeu outros crimes.

E aí gente, vocês acham que foi por causa do jogo ou para esconder o abuso?

O link da pesquisa vocês encontram aqui.

Até semana que vem!

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